quarta-feira, junho 13, 2012

Quatro milhões de euros para bibliotecas de Lisboa

A Câmara de Lisboa vai recuperar as bibliotecas do Palácio Galveias, deslocar a de Alvalade e a Hemeroteca e construir uma nova em Marvila até finais de 2013, num investimento de quatro milhões de euros.

Estas obras estão inseridas no programa estratégico Bibliotecas XXI, aprovado esta quarta-feira em reunião de câmara com as abstenções do PSD e do CDS e os votos favoráveis dos eleitos do PS, independentes e PCP.
A proposta prevê, até 2024, dotar a cidade de oito 'bibliotecas-âncora' e 18 de bairro, disse referiu a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto.

O objectivo do programa é "um novo reordenamento das bibliotecas de Lisboa por todo o território", afirmou a autarca socialista, recordando que estes equipamentos na cidade "não acompanharam movimento de modernização que se verificou no País", motivado pelas regras do Plano Nacional de Leitura Pública e da Federação Internacional de Associações de Bibliotecas (ILFA, na sigla em inglês), da UNESCO, principalmente no que diz respeito à dimensão do espaço.
Por isso, resumiu a vereadora, o objectivo é "trazer as bibliotecas ao século XXI", transformando-as em "centros culturais de proximidade" dotados de, "além das valências tradicionais, de políticas activas de combate à iliteracia e à exclusão", e de espaços como "pequenos auditórios e áreas expositivas" e colocá-las em rede "numa perspectiva local de bairro.
Nesse sentido, e "neste mandato", a autarquia vai "requalificar e ampliar a biblioteca do Palácio Galveias, recuperando o edifício e alargando a biblioteca ao primeiro piso, onde vai haver também um espaço expositivo com biblioteca", descreveu Catarina Vaz Pinto, acrescentando que a empreitada para esta obra já está em concurso.

Já no que diz respeito à Biblioteca de Alvalade, fechada por motivos de segurança desde 2009, o programa prevê instalá-la no Palácio dos Coruchéus, que se passará a chamar Biblioteca dos Coruchéus.
"O palácio está em boas condições e não precisa de muitas obras. E tem a vantagem de interagir com os espaços de artes, como ateliês e a Galeria Quadro, que o rodeiam", salientou a vereadora.
Quanto à Hemeroteca, que "está pendente há vários anos", Catarina Vaz Pinto disse que foi "encontrada uma solução no complexo desportivo da Lapa, que passará a ser um Complexo Desportivo e Cultural", aproveitando já a biblioteca de desporto existente no espaço.
A autarca socialista adiantou o acervo da Hemeroteca será reduzido apenas aos jornais da cidade e a alguns nacionais e que, para o actual edifício onde a Hemeroteca está instalada, em frente à Igreja de São Roque, não está ainda previsto nenhum uso.

Por fim, a câmara prevê construir uma nova biblioteca-âncora em Marvila.
Catarina Vaz Pinto sublinhou que estas intervenções, num investimento proveniente do Programa de Intervenção Prioritária em Acções de Reabilitação Urbana (PIPARU) de cerca de quatro milhões de euros, estão concluídas até ao final do mandato, ou seja, até finais de 2013.

Nos próximos 12 anos, ou seja, até 2024, a câmara prevê dotar a cidade de oito bibliotecas-âncora, considerando a de Alta de Lisboa, a de Marvila e a de Benfica (na antiga Fábrica Simões) "prioritárias", e de 18 bibliotecas de bairro, ou seja, mais que duplicar estes equipamentos, que hoje são apenas 12.

Catarina Vaz Pinto afirmou que os locais específicos e os orçamentos envolvidos terão de ser definidos "à medida que quer as condições orçamentais e de espaço vão surgindo na cidade".
O programa concluiu ainda que, no ano passado, cerca de 700 mil utentes visitaram as bibliotecas lisboetas.

segunda-feira, junho 11, 2012

Cabines telefónicas que são micro-bibliotecas

Com a democratização dos telemóveis, as cabines telefónicas vão-se tornando uma espécie de equipamento urbano de decoração. John Locke viu nesta realidade uma nova oportunidade: e que tal fazer das cabines em desuso micro-bibliotecas comunitárias?

A ideia foi materializada em Nova Iorque, onde qualquer pessoa pode agora pegar num livro de uma cabine e trocá-lo por outro que queira partilhar com os demais utilizadores.
O primeiro ensaio nem correu muito bem: seis horas depois de os livros estarem na estante, não só não havia nenhuma troca como a estrutura tinha sido vandalizada. Uma mudança de localização e uma marca feita em todos os livros depois o sucesso começou a surgir.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se

Mesmo lidando com algum cepticismo das pessoas (“Observei pessoas a passar, pegar num livro, folheá-lo e voltar a devolver. Algumas regressavam logo a seguir para olharem uma segunda vez e inspecionarem melhor a prateleira, mas não levavam efectivamente o livro”, explica John Locke), pouco habituadas a iniciativas deste género, a ideia pegou.
Em Nova Iorque há 13 mil cabines telefónicas (e 17 milhões de telemóveis) e mesmo os postos que aderiram à iniciativa não perderam a sua funcionalidade principal: foi desenhado um modelo de estante em contraplacado que não interfere com o telefone.


O projecto das cabines-bibliotecas é uma iniciativa do Departamento de Melhoria Urbana, do qual John Locke é fundador, um movimento de intervenção em que todos os nova-iorquinos podem participar com ideias que aproveitem os recursos da cidade.


O objectivo, lê-se no comunicado, é pôr ideias no terreno: “Apenas interessam os projectos tangíveis. Os intangíveis já têm lugar de destaque nos blogs de design meramente especulativos."

In: http://p3.publico.pt/cultura/livros/3028/cabines-telefonicas-que-sao-micro-bibliotecas

domingo, junho 10, 2012

«Learning to read before you walk: Portuguese libraries for babies and toddlers»

Com o título «Learning to read before you walk: Portuguese libraries for babies and toddlers» foi publicado no último número do IFLA Journal, um artigo da autoria de Ana Margarida Ramos, Professora na Universidade de Aveiro e membro do Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho, sobre bebetecas portuguesas.

No artigo são apresentados alguns exemplos de bibliotecas públicas portuguesas que integram bebetecas e que desenvolvem projetos de promoção da leitura juntos de bebés e das suas famílias. É destacado o papel da biblioteca pública enquanto promotor de hábitos de leitura desde a primeira infância.

sábado, junho 09, 2012

Funny Library Montage

http://www.youtube.com/watch?v=7_a7OTE2nLg

Bibliotecas portuguesas aderem à iniciativa Sister Libraries

Sister Libraries é uma iniciativa promovida pelo fórum NAPLE National Authorities on Public Libraries in Europe, que tem por objetivo fomentar a cooperação entre bibliotecas de diferentes países europeus, em áreas de interesse comum.

Em Portugal, até ao momento, participam nesta iniciativa as bibliotecas municipais de Arcos de Valdevez, Aveiro, Castro Marim, Lousada, Torres Novas e Valença.

No âmbito deste programa, foram já estabelecidas as seguintes parcerias:

  • Biblioteca Municipal de Aveiro – Biblioteca Pública de Cracóvia (Polónia)
  • Biblioteca Municipal de Valença – Biblioteca Pública de Kuusamo (Finlândia)
  • Biblioteca Municipal de Valença – Biblioteca Pública de Piran (Eslovénia)
  • Biblioteca Municipal de Valença – Biblioteca Pública de Sant Joan de Vilatorrada «Cal Gallifa» (Espanha)
  • Biblioteca Municipal de Lousada – Biblioteca Torrente Ballester (Salamanca, Espanha)
  • Biblioteca Municipal de Torres Novas – Biblioteca Pública de Piran (Eslovénia)
  • Biblioteca Municipal de Torres Novas – Biblioteca Estatal de Ciudad Real (Espanha)

Fruto da parceria estabelecida entre a Biblioteca Municipal de Aveiro e a Biblioteca Pública de Cracóvia, ambas a bibliotecas realizaram um conjunto de fotografias no espaço da biblioteca, tendo por base as capas de livros das suas coleções. As fotografias realizadas pela Biblioteca Municipal de Aveiro podem ser vistas na sua página de Facebook e as da Biblioteca Pública de Cracóvia podem também ser vistas online.

Toda a informação relativa ao Programa Sister Libraries encontra-se disponível em: http://sisterlibrariesnaple.wordpress.com

A razão do cheiro dos livros antigos

Todos conhecemos o cheiro de um livro mais antigo. Gostemos ou não, ele existe e há uma razão. Cientistas da Universidade de Londres explicam o que acontece nas páginas amareladas pelo tempo.
Químicos da Universidade de Londres investigaram o odor dos livros antigos e concluíram que esse cheiro tem origem na reacção produzida entre a composição orgânica do livro e uma série de factores, como o calor, a luz, a humidade e, principalmente, os produtos químicos utilizados na sua produção.

Com o passar do tempo cada livro fica repleto de componentes orgânicos muito voláteis que circulam pelo ar e acabam por ficar impregnados nas páginas.

Estiveram em investigação as propriedades da madeira que fazem o papel e também a tinta do texto e das ilustrações. Sob o ponto de vista de um químico, a maior razão do apodrecimento dos livros é a sua acidez, que acelera o processo de deterioração e acentua o cheiro. É muito comum encontrar elevados níveis de acidez em livros impressos nos séculos XIX e XX, pelo que se explica o cheiro associado aos livros mais antigos.

Os peritos afirmam que os livros podem absorver cheiros fortes, presentes no ambiente, como, por exemplo, o cheiro a tabaco. Acrescentam que a melhor forma de preservar os livros é guardá-los num local fresco, num ambiente seco e longe da luz direta do sol.

In: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2452607&page=1